11 de abril de 2018

Trabalho sexual não é competição: acompanhantes, apoiem-se

Trabalho sexual não é competição acompanhantes, apoiem-se

Ter um quê de competitivo, no mercado de trabalho, não é um problema. É claro que é sempre bom querer se destacar e “andar na frente” da maioria, para conquistar as melhores oportunidades. O problema é quando essa ânsia ultrapassa o limite saudável, e vira uma competição nada amigável, e infelizmente, isso ainda é muito comum quando falamos de trabalhadores sexuais.

O mundo dos acompanhantes, infelizmente, ainda é carregado de rivalidade entre os profissionais, o que acaba prejudicando a eles mesmos. Isso porque, sem o apoio e a união entre a própria classe, dificilmente a profissão se tornará mais inclusiva e segura – principalmente para aqueles que estão começando.

Acompanhantes mais experientes precisam apoiar os/as novatos/as

É natural que, quando estamos começando um trabalho novo, precisamos de apoio dos colegas que já estão trabalhando há mais tempo, certo? Esse apoio traz mais segurança e confiança para desempenhar o trabalho que, até então, é desconhecido. Com profissionais do sexo, não é diferente.

Acompanhantes que estão iniciando nessa jornada precisam ser acolhidos para uma troca de ideia e experiências com quem já tem bagagem na área. Essa troca é fundamental para que os/as novatos/as acompanhantes aprendam a evitar experiências ruins, identificando, por exemplo, situações que representam algum tipo de perigo em relação aos seus clientes.

O que acontece, muitas vezes, é que os profissionais do sexo que já estão no batente há mais tempo acabam se sentindo ameaçados quando surgem novos colegas. O pensamento, nesses casos, costuma ser o seguinte: “gente nova = mais competição = tirar meu espaço e meus clientes = menos trabalho para mim”. Mas é muito importante que fique claro que não é isso o que acontece.

Em primeiro lugar, sempre haverá espaço para todos; afinal, a profissão, além de ser “a mais antiga do mundo”, também costuma contar com uma clientela expressiva e fiel (ou seja: trabalho, nesse ramo, nunca irá faltar). Além disso, quanto mais pessoas começarem a exercer essa profissão, maiores as chances de combater o preconceito enraizado na nossa sociedade, que ainda vê o acompanhante como um profissional inferior aos demais.

Você já ouviu falar que a “união faz a força”, certo? Pois esse ditado também serve perfeitamente para exemplificar a importância de os acompanhantes prestarem apoio entre si, e não o contrário. É justamente essa solidariedade entre colegas que fortalecerá a classe, ajudando a vencer as inúmeras barreiras que inevitavelmente surgirão pelo caminho.

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